CI

BRICS propõem novo modelo de governança global 

“O século XXI exige uma governança global capaz de refletir a pluralidade do mundo"


“O século XXI exige uma governança global capaz de refletir a pluralidade do mundo" “O século XXI exige uma governança global capaz de refletir a pluralidade do mundo" - Foto: Pixabay

O avanço de um mundo multipolar exige novas bases de diálogo e cooperação entre as grandes potências. De acordo com Thomas Law, presidente do Ibrachina, os BRICS ocupam posição estratégica nesse redesenho da governança global, servindo como força de equilíbrio nas relações com a União Europeia e os Estados Unidos.

Segundo Law, a meta não é criar novas hegemonias, mas promover um multilateralismo reformado, inclusivo e pragmático. O G20, que reúne BRICS, UE e EUA, desponta como espaço essencial para negociações sobre clima, tributação e comércio digital. Ele ressalta ainda que a Organização Mundial do Comércio precisa retomar sua credibilidade e atualizar suas normas para garantir mais equilíbrio nas relações econômicas internacionais.

“Nesse ponto, os meios alternativos de resolução de conflitos, como a mediação e a arbitragem, assumem um papel cada vez mais estratégico. Eles oferecem instrumentos céleres, técnicos e imparciais para solucionar disputas internacionais, reduzindo a sobrecarga das cortes tradicionais e ampliando a confiança entre os agentes econômicos”, comenta.

O presidente do Ibrachina aponta a mediação e a arbitragem como instrumentos-chave para resolver disputas internacionais com rapidez e segurança jurídica. No campo político, defende uma reforma da ONU que amplie o Conselho de Segurança, incorporando países do Sul Global, como Brasil e Índia.

“O século XXI exige uma governança global capaz de refletir a pluralidade do mundo. Os BRICS, ao lado da Europa e dos Estados Unidos, têm a responsabilidade compartilhada de renovar a arquitetura institucional internacional com base em princípios e pragmatismo. Para os juristas, é hora de construir pontes jurídicas entre modelos diversos, fortalecendo também instrumentos como a mediação e a arbitragem, de modo a promover uma ordem internacional que seja, ao mesmo tempo, justa, sustentável e verdadeiramente representativa”, conclui.
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.